Feminicídio no Rio Grande do Sul

O feriado de Páscoa foi marcado por uma onda de violência contra mulheres no Rio Grande do Sul. Dez feminicídios foram registrados em diferentes municípios do Estado entre a Sexta-feira Santa e a segunda-feira (21). Os casos mais recentes ocorreram em Pelotas, na Região Sul, e nos municípios de Serafina Corrêa e Ronda Alta, no domingo (20). Seis das vítimas foram mortas na Sexta-feira Santa, em cidades distribuídas por diversas regiões gaúchas.
Diante desses dados alarmantes, a Polícia Civil anunciou a antecipação do lançamento de uma plataforma digital que permitirá o pedido de medidas protetivas de forma online. Uma reunião nos próximos dias deve definir a data de início do funcionamento da ferramenta, que será disponibilizada no site da Delegacia de Polícia Online da Mulher.
No ano passado, o Estado contabilizava 72 casos de feminicídio. As vítimas tinham idades entre 6 e 70 anos, evidenciando a gravidade e o alcance dessa violência. Em 84,7% das ocorrências, o autor do crime foi o companheiro ou ex-companheiro da vítima. A residência tem sido o principal local dos assassinatos, concentrando 72% dos casos. A maioria dos crimes foi cometida com arma branca, e, em grande parte, as vítimas mantinham uma relação conjugal com o suspeito. Entre as vítimas, 48 eram mães e, em 24 casos, elas tinham filhos com o próprio autor do feminicídio. Quanto aos agressores, 72% foram presos após os crimes.
Em Sant’Ana do Livramento o último feminicídio consumado foi em 2022. No ano passado foram 4 tentativas de feminicídio, este ano nenhum fato.